O projeto IDINA – Identidade Digital Inclusiva não Autoritativa foi o vencedor da terceira edição do Prémio IN3+, o maior prémio em Portugal na área da inovação, promovido pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda (INCM). A ideia, apresentada pela equipa do Prof. João Silva, do INESC TEC, de criar uma plataforma digital não autoritativa que assegure a identificação de todos os cidadãos pelo Estado a que pertencem, conquistou por unanimidade o reputado júri.
Uma rede de inovação para o Mundo
Com o objetivo de captar ideias para a sua já ampla Rede de Inovação, a INCM procura, com o Prémio IN3+, aproximar a academia, e outros setores relevantes, da realidade empresarial e societal da instituição. Enquanto empresa de referência no fornecimento de serviços e produtos essenciais à sociedade, com destaque para os documentos de segurança, como o cartão de cidadão ou o passaporte, a moeda corrente e de coleção, as soluções de segurança digital, a autenticação de metais preciosos, a edição do Diário da República e a publicação de obras fundamentais da língua e cultura portuguesas, a INCM assume o compromisso de criar e concretizar novas soluções com impacto na vida dos cidadãos, em Portugal e no estrangeiro.
A parceria entre a INCM e o INESC TEC, iniciada em 2016, ficou assim reforçada, dando continuidade ao desenvolvimento conjunto de mais um projeto de I&D, com possibilidade de aplicação em diferentes contextos e sociedades.
A INCM acredita que a prossecução do projeto IDINA, resultante de uma crescente preocupação humanitária, poderá preencher uma lacuna que, infelizmente, e pelos mais variados motivos, segundo a ONU, afeta vários milhões de pessoas que não têm identidade reconhecida, em vários pontos do Mundo.
Os desafios da Identidade
Para a concretização do IDINA sabemos que os desafios são muitos. Será necessário conhecer, no terreno, a realidade de cada comunidade; será necessário criar uma ferramenta tecnológica fiável, que permita a que quem está no terreno possa vir a atestar a identidade de cada pessoa e que essa informação venha a ser reconhecida pelo Estado; será necessário agregar numa mesma plataforma a informação oriunda de várias fontes, muitas vezes díspares; será necessário envolver várias entidades num mesmo objetivo.
Este é um terreno inexplorado. Exige conhecimentos técnicos especializados tanto ao nível de estruturas de dados com algoritmos complexos, como ao nível social e comportamental, individual e coletivamente.
A abrangência é imensa, os objetivos estão delineados e os desafios são também oportunidades para prosseguir um caminho que está já gravado na Declaração Universal dos Direitos Humanos: a identidade. Um direito de todos.
Imprensa Nacional – Casa da Moeda